quinta-feira, 30 de abril de 2009

Primeiro ano de vida!!!





" e a vida tão generosa comigo,
veio de amigo a amigo,
me apresentar a vocês"

Hoje estamos comemorando nosso primeiro ano de vida... o primeiro ano de vida do nosso jardim vercilliano!!!

Pra mim, é uma honra e uma alegria fazer parte deste cantinho que tão bem nos faz, tamanho o carinho e o amor que a gente sente ao adentrarmos nele. Como diz minha irmã Margarida, tudo que é feito com amor tem sua recompensa em forma de leveza e alegria. Nosso jardim é assim!!!

Eu só quero mais é agradecer pela vida ter-me ofertado flores tão especiais que enfeitam meus dias. E agradecer também pela semente que brotou tudo isso, a semente da música do nosso querido jardineiro fiel, o Jorge Vercillo.

Tenho certeza que cada uma de nós guardará pra sempre nos corações, os momentos lindos que compartilhamos nesse primeiro ano, e também de tantos e tantos que ainda virão.

FELIZ ANIVERSÁRIO e o meu beijo e meu carinho no coração de todas vocês!!

*Orquídea*


terça-feira, 28 de abril de 2009

Cantar!


"Não componho música, apenas a sinto, mas ela está para mim tal qual o seio materno ao lactente. Sendo assim, nada mais comum que expressar – através dela – meus desejos, emoções, receios, devaneios e tudo aquilo de melhor ou pior que eu tenha necessidade de externar, de acordo com a minha percepção. Para mim, não basta apenas passar na vida das pessoas: é preciso marcar demais, ou seja, construir ou transmitir algo significativo e duradouro! Sem isso, de nada vale a aventura do encontro!"

Freddy Simões


~ Margarida ~

segunda-feira, 27 de abril de 2009


"Que, durante a viagem, eu possa saborear paisagens já contempladas com olhos admirados de quem se encanta pela primeira vez. Que, diante de cada beleza, o meu olhar inaugure detalhes, ângulos, leituras, que passaram despercebidos no olhar anterior. Que eu me conceda a benção de ter olhos que não se fechem ao espetáculo precioso da natureza, há milênios em cartaz, com ou sem plateia."

Ana Jácomo


~ Margarida ~

domingo, 26 de abril de 2009


"Não quero olhar para trás, lá na frente, e descobrir quilômetros de terreno baldio que eu não soube cultivar. Calhamaços de páginas em branco à espera de uma história que se parecesse comigo. Não quero perceber que, embora desejasse grande, amei pequeno."

Ana Jácomo


~ Margarida ~

sábado, 25 de abril de 2009

Jardim Secreto

Flores, nosso jardineiro compôs uma canção chamada Jardim secreto. A música é belíssima! Quem descobriu e disponibilizou a música foi a nossa amiga vercillianas Gizelli, de Fortaleza. Quem canta é o cearense Robston Medeiros. Valeu, Gizelli!
Cantor, compositor e violonista, começou na música estimulado pelo seu pai, que sempre manteve em sua casa um ambiente musical. A noite fortalezense, entretanto, foi sua grande escola, onde continua se apresentando.

A MPB, tal como a Bossa Nova, sempre foi a fonte de aprendizado e inspiração. Cresceu ouvindo Chico Buarque, Tom Jobim, Djavan, Caetano Veloso , Gilberto Gil, Luiz Gonzaga e Roupa nova, entre outros. Já levou o seu trabalho à Portugal, em 2002, à África (Cabo Verde) e à França, em 2004, à convite do amigo Antenor Bogéa (cantor, compositor e ministro do Itamarati). Participou, nessa ocasião, de evento musical com artistas como Milton Nascimento, Lenine, Daniela Mercury, Marcos Sacramento e Henry Salvador.

Robston Medeiros tem dois CD´s gravados: "História de Amor"(2002) e "Barzinho By Nigth"(2006). No primeiro, traz composições próprias e com parceiros, com obras inéditas de David Duarte e Jorge Vercilo. A regravação "Amor perfeito" rendeu o primeiro lugar nas atrações da FM Atlântico Sul. Já a música autoral "Fada Madrinha" foi amplamente executada em Fm´s como Tempo, Calypso e Atlântico Sul.

O segundo trabalho, "Barzinho By Nigth", é um CD gravado pelo grupo Otoch, em maio de 2006, com 13 regravações. Entre elas: "Guerreiro Menino", "Jura Secreta", "O Sal da Terra", "Um dia um adeus", "Tocando em frente" e "Nosso Amor", música interpretada anteriormente por Roberto Carlos, e que tem sido bastante trabalhada nas rádios de Fortaleza.

Fonte:


Jardim secreto

Já nem sei
O que esperar de nós quando a sós
De onde vem a solidão a dois
Nosso algoz
Anestesiado, sonso coração, mas sem dor
Sabotar o amor
Distrair, desleixar
Pra matar
É só largar de mão nossa flor
Semear
Carece de atenção, de calor
Me perdi de nós num lúdico portão
Retornar
Ao jardim secreto de nós dois
Onde estás coração

Ah meu jardim qual secreto
Se perdeu de mim
Quantas canções
Tenho que desvendar
Para entrar


~ Margarida ~


"Quem tentar possuir uma flor, verá sua beleza murchando. Mas quem apenas olhar uma flor num campo, permanecerá para sempre com ela."


Paulo Coelho


~ Margarida ~

"Não quero viver como uma planta que engasga e não diz a sua flor. Como um pássaro que mantém os pés atados a um visgo imaginário. Como um texto que tece centenas de parágrafos sem dar o recado pretendido."

Ana Jácomo


~ Margarida ~

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Paz - comercial de Washignton Olivetto

~ Margarida ~


"O segredo é não correr atrás das borboletas, mas cuidar do jardim para que elas venham até você."
Mario Quintana


~ Margarida ~

Fora de moda


Se não estivesse tão fora de moda... iria falar de Amor.
Daquele amor sincero, olhos nos olhos, frio no coração, aquela dorzinha gostosa de ter muito medo de perder tudo...
Daqueles momentos que só quem já amou um dia conhece bem...
Daquela vontade de repartir, de conquistar todas as coisas, mas não para retê-las no egoísmo material da posse, mas para doá-las no sentimento nobre de amar.

Se não estivesse tão fora de moda... Eu iria falar de Sinceridade.
Sabe, aquele negócio antigo de Fidelidade... Respeito mútuo... e aquelas outras coisas que deixaram de ter valor...
Aquela sensação que embriaga mais que a bebida; que é ter, numa pessoa só, a soma de tudo que às vezes procuramos em muitas...
A admiração pelas virtudes e a aceitação dos defeitos, mas, sobretudo, o respeito pela individualidade, que até julgamos nos pertencer, mas que cada um tem o direito de possuir...

Se não estivesse tão fora de moda... Eu iria falar em Amizade.
Na amizade que deve existir entre duas pessoas que se querem bem...
O apoio, o interesse, a solidariedade
de um pelas coisas do outro e vice-versa.
A união além dos sentimentos, a dedicação de compreender para depois gostar...

Se não estivesse tão fora de moda... Eu iria falar em Família. Sim...Família!
Essa instituição que ultimamente vive a beira da falência, sofrendo contínuas e violentas agressões.
Pai, Mãe, Irmãos, Irmãs, Filhos, Lar...
Aquele bem maior de ter uma comunidade unida, pelos laços sangüíneos e protegidas pelas bênçãos divinas.
Um canto de paz no mundo, o aconchego da morada, a fonte de descanso e a renovação das energias...

E depois, eu iria até, quem sabe, falar sobre algo como... a Felicidade.
Mas é uma pena que a felicidade, como tudo mais, há muito tempo já esteja tão fora de moda e tenha dado seu lugar aos modismos da civilização...
Ainda assim, gostaria que a sua vida fosse repleta dessas questões tão fora de moda e que, sem dúvida, fazem a diferença!
Afinal, que mal faz ser um pouquinho “careta.”

Autor desconhecido


~ Margarida ~

Texto absolutamente brilhante sobre a crise mundial

“Se nós já sabemos
que juntos podemos
acabar com a fome do mundo
O que estamos esperando
Se a gente sabe que dá?
E dá!"
Jorge Vercillo


Texto de Mentor Muniz Neto, diretor de criação e sócio da Bullet, uma das maiores agências de propaganda do Brasil, sobre a crise mundial.


Vou fazer um slideshow para você.
Está preparado?
É comum, você já viu essas imagens antes.
Quem sabe até já se acostumou com elas.
Começa com aquelas crianças famintas da África.
Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele.
Aquelas com moscas nos olhos.
Os slides se sucedem.
Êxodos de populações inteiras.
Gente faminta.
Gente pobre.
Gente sem futuro.
Durante décadas, vimos essas imagens.
No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.
Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.
São imagens de miséria que comovem.
São imagens que criam plataformas de governo.
Criam ONGs.
Criam entidades.
Criam movimentos sociais.
A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá, sensibiliza.
Ano após ano, discutiu-se o que fazer.
Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta.
Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo.
Resolver, capicce?
Extinguir.
Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta.
Não sei como calcularam este número.
Mas digamos que esteja subestimado. Digamos que seja o dobro.
Ou o triplo.
Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.
Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse.
Não houve documentário, ONG, lobby ou pressão que resolvesse.
Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia. Bancos e investidores.
Como uma pessoa comentou, é uma pena que esse texto só esteja em blogs e não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar tapa e afagar...


Hortência

"A alma não teria nenhum arco-íris
se os olhos não tivessem lágrimas."
Autor desconhecido



~ Margarida ~

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Anjo da Guarda

"Ela acreditava em anjos e,
porque
acreditava, eles
existiam".
Clarice Lispector


Anjo da Guarda

Eu estou ao seu lado e sou aquele que nunca desacredita dos seus sonhos. Sou eu que às vezes altero seu itinerário, e até atraso seus horários para evitar acidentes ou encontros desagradáveis. Sim, sou eu que falo ao seu ouvido aquelas "inspirações" que você acredita que acabou de ter como "grande idéia".
Sou eu quem te causa aqueles arrepios quando você se aproxima de lugares ou situações que vão te fazer mal, e sou eu quem chora por você quando você com a sua teimosia insiste em fazer tudo ao contrário só para desafiar o mundo.

Quantas noites passei á cabeceira de sua cama velando por sua saúde, cuidando de sua febre e renovando suas energias.
Quantos dias eu te segurei para que você não entrasse naquele ônibus, carro e até avião?
Quantas ruas escuras eu te guiei em segurança?
Não sei, perdi a conta, e isso não importa. O que realmente importa, e o que me deixa triste e preocupado, é quando você assume a postura de vítima do mundo, quando você não acredita na sua capacidade de resolver os problemas. Quando você aceita as situações como insolúveis, quando você para de "lutar" e simplesmente reclama de tudo e de todos, quando você desiste de ser feliz e culpa outra pessoa pela sua infelicidade.

Quando você deixa de sorrir e assume que não há motivos para rir, quando o mundo está repleto de coisas maravilhosas, quando se esquece até de mim, seu anjo da guarda, aquele que Deus deu a honra de auxiliar nessa missão tão difícil que é viver e progredir.
Já que me deixaram falar diretamente com você, gostaria de te lembrar, que estou ao seu lado sempre, mesmo quando você acredita estar totalmente só e abandonado, até nesse momento eu estou segurando a sua mão, eu estou consolando seu coração, eu estou te olhando. E por te amar demais, fico triste com a sua tristeza. Mas, como eu sei que você nasceu para brilhar, eu agradeço a Deus a oportunidade bendita de te conhecer e cuidar de você, porque você é realmente muito especial.

Seu anjo da guarda, que acredita em você!

Paulo Roberto Gaefke


~ Margarida ~

Todos nós somos um!

Li um texto escrito por Ana Jácomo que tem uma relação com o tema Todos nós somos um. Então resolvi publicá-lo aqui. Visitem o blog da minha amiga carioca Ana Jácomo. Os textos dela são lindos e cheio de perfumados sentimentos (www.anajacomo.blogspot.com).


Ao começar a desembrulhar o presente deste dia absolutamente novo, ora azul e ensolarado aqui no Rio, encontrei no blog da Kátia Bueno o primeiro alimento de hoje para a alma, enquanto ainda saboreava o primeiro para o corpo: um texto de Robert Happé, cujo lindo e inspirado trabalho conheci de perto ao participar de alguns de seus seminários, faz uns dez anos.

Quero dividi-lo com vocês porque acredito que ele fala de algo urgente, a retomada da nossa consciência espiritual. Não importa o quanto a gente se afaste desse lugar, nem a quantidade de tempo que passemos longe do contato com ele, a história de cada um de nós não cansa e não cansará nunca de criar oportunidades para nos fazer acessá-lo. Ignoramos inúmeras delas, fugimos de tantas outras, mas esse chamado essencial continua sussurrando, suave e inalterado, no nosso ouvido mais profundo, até que as grosseiras e resistentes camadas da nossa escuta sejam dissolvidas por meio da experiência e do amor. Até que, finalmente, a gente possa começar a ouvi-lo.

Diz Happé, no texto, que "cada um é parte de nós e o que quer que você ajude a curar nos outros, você cura em si mesmo." O nosso olhar para os encontros desta vida costuma muitas vezes limitar a oportunidade das relações em circunstâncias felizes ou infelizes e ponto. Cada encontro, eu tenho pensado nisto à beça, é bem mais do que essa classificação: é matéria-prima preciosa a ser utilizada na arte do nosso processo evolutivo. Precisamos uns dos outros, estamos amorosamente juntos nessa, quer a gente queira ou não. São os encontros, inclusive com seus desencontros, que nos ajudam a desembrulhar, devagarinho, o nosso presente essencial.

Um grande abraço pra todos neste dia em que os potes de tinta de azul mais risonho parecem ter sido derramados no céu. Que sejam derramados também no coração de cada um de nós. No coração de todos os seres. No coração da Terra. :)

O texto: http://katiabueno.blogspot.com/2009/04/o-processo-de-auto-cura.html .


~ Margarida ~

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Zeca Pagodinho organiza festa para o dia de São Jorge, feriado no Rio

Feijoada vai reunir 250 convidados na sua gravadora.
Cantor Jorge Vercillo diz que estava ligado ao santo antes de nascer.

por Alba Valéria Mendonça Do G1, no Rio

Foto: Alexandre Durão / G1

Zeca Pagodinho promove festa para celebrar Dia de São JorgeNo dia 23 de abril, dia de São Jorge, todos homônimos do Santo Guerreiro costumam se sentir homenageados e duplamente abençoados. Mas, até mesmo quem não se chama Jorge, como o cantor e compositor Zeca Pagodinho, faz questão de reverenciar um dos santos mais populares do país. Este ano a gravadora Universal resolveu oferecer a Zeca Pagodinho a festa que ele realiza todos os anos para saudar São Jorge. Nesta quinta (23), será oferecida uma feijoada para os 250 convidados do compositor.

A gravadora informou que a festa é só para convidados, e será animada por música mecânica que terá o Santo como tema.

No ano passado, Pagodinho promoveu uma festa para 500 convidados numa casa de festa. A camiseta-convite trazia a imagem de São Jorge.

Promessa
Mãe do cantor e compositor Jorge Vercillo fez promessa de registrar o filho com o nome do santo

Foto: Wanessa Rafaela

Devoto da multiplicidade do carismático santo, que é reverenciado tanto no espiritismo quanto no catolicismo, o cantor e compositor Jorge Vercillo afirma que seu nome teve origem numa promessa feita por sua mãe. Antes de descobrir que estava grávida, ela havia feito inúmeros exames de raios-X e tinha tomado remédios para combater o que seria problemas de vesícula ou de rins. “Quando ela soube que o que tinha era gravidez, prometeu a São Jorge que me batizaria com o nome do santo se eu nascesse com saúde. Os médicos temiam que os medicamentos pudessem causar má formação no feto. Ou seja, minha ligação com o santo vem de antes do meu nascimento. Acho que herdei dele a vitalidade, o espírito de luta e essa elasticidade de se moldar a religiões de diversas”, calcula o compositor. Vercillo lembra ainda que foi dessa multiplicidade que há dois anos deu origem ao projeto “Coisa de Jorge”, show no qual homenageou o santo junto com Jorge Mautner, Jorge Benjor e Jorge Aragão. Deste show surgiram duas composições – “Líder dos templários” e “São Jorges”, em parceria com Aragão – que foram incluídos também no novo show e DVD de Vercillo.

Santo protetor da Império
O sambista Jorginho do Império não sabe explicar se seu nome tem alguma relação com São Jorge. No entanto, como diretor de carnaval da Império Serrano, diz que tem uma ligação forte com o santo protetor da escola de samba. Autor de “Jorge da Capadócia” e “Domingo 23” e “Cowboy Jorge”, o cantor e compositor Jorge Benjor não nega sua estreita ligação e devoção com o santo guerreiro. Ao contrário, além de ter sempre por perto uma imagem do santo, no dia 23 Benjor procura ir à igreja ou acompanha a procissão de São Jorge.

Fonte:

"Sou de criar o que será..."



Estamos aqui para criar. Criar o amanhã, criar jardins, amigos, músicas, poesias, textos... e por que não origamis? Sou apaixonada por essa arte japonesa e lendo a revista Continente (http://www.revistacontinente.com.br/) desse mês me deparei com uma reportagem da minha professora de jornalismo Adriana Dória e lindas fotos do trabalho realizado pela origamista e jornalista Eva Duarte. As criações dela são simplismente divinas. De uma delicadeza e beleza ímpar. Por isso, posto aqui a matéria e algumas fotos dos origamis. Quem quiser conhecer um pouco mais do trabalho de Eva Duarte pode acessar o blog dela: http://www.dobrinhas.blogspot.com/

A arte do Origami de Eva Duarte

Passatempo, terapia, oferenda, brincadeira, ornamento, matemática, arte. Se não separarmos estes atributos em categorias estanques, aí teremos um conjunto de qualidades das dobraduras de papel a que os japoneses chamam de origami. Objeto que chegou ao Brasil pelas mãos de migrantes, o origami aqui se aclimatou e encontrou vários fins. O que neles destacamos é o atributo artístico, pelo trabalho da origamista olindense Eva Duarte, que desde 2003 dedica-se à produção de esculturas dobradas em papel. Ela conta que o que a atraiu à técnica foi a possibilidade de criar formas variadas pela modulação. As esferas que ela produz, também chamadas de kusudamas, são dobradas com algumas transgressões às regras da tradicional dobradura japonesa. Também Eva refere-se ao “origami de guerrilha”, feito com materiais possíveis. Se não tem papel importado, guizo e cordão de seda, usa-se matéria-prima local, como chocalhos, barbantes, especiarias e papéis personalizados, o que confere a suas peças características próprias e originais. Seu trabalho pode ser encontrado no ambiente virtual, no blog http://dobrinhas.blogspot.com.








“Quem já nasce feito não sabe desse dom
De tirar sustento da imaginação.”
Jorge Vercillo

Fotos: do blog http://www.dobrinhas.blogspot.com/


~ Margarida ~

Músicas lado "B" na rádio.

Nós, recifenses, somos privilegiados por termos na nossa cidade uma rádio como a rádio Tribuna. Primeiro por ser ela uma emissora preocupada com o bom gosto dos ouvintes, segundo por tocar músicas de cantores famosos e iniciantes, até mesmo alguns quase nada conhecidos, (a não ser pelo público de Recife), e terceiro, por ter sido ela a primeira rádio a tocar as músicas do nosso querido jardineiro, há alguns anos atrás, tornando-o amado e conhecido por todos nós, a tal ponto de seus primeiros shows aqui, terem sempre grande lotação nos teatros em nossa cidade, quando ele ainda era pouco conhecido até na sua cidade natal e em quase todo Brasil.

Outro fator super legal da rádio, é até hoje, ela tocar não só as músicas mais atuais do Jorge, como "devaneio", mas também as músicas mais antigas, tipo as chamadas "músicas do lado B", como por exemplo: "apesar de cigano", "infinito amor", "tudo ilusão", "o reino das águas claras"... e esse final de semana, pra minha surpresa e alegria, tocou sabem o que: "quase" e "carinha linda"... foi maravilhoso... sem contar que alguns dias atrás, tocou "mão do destino".. (vai aí um trechinho dessa pra vocês)

".. vive em algum lugar a pessoa mais linda que o mundo já revelou pra mim, ah se vive, eu sei que vive... livre por aí seu olhar ilumina e libertará meu desejo de amar... serei livre, serei livre... Acho que vou tentar mais uma vez me aventurar, por tudo que o amor me dá, por tantos motivos pra sonhar.. é brilho de estrela.. é mão do destino..."

Obrigada aos dirigentes e programadores da rádio Tribuna, sempre valorizando e espalhando cultura e boa música pra gente.

Beijo bem grande pra todo mundo!!

*Orquídea*

O melhor jardim!!!

(foto: Wanessa Rafaela - Pontal Maracaípe/Porto de Galinhas)

Este tem sido o melhor jardim dos últimos tempos. Florido, sensível, saudável, alegre, feliz e acima de tudo, compartilhando reportagens maravilhosas sobre nosso jardineiro.

Mas este lugar não seria assim tão lindo não fosse a dedicação e o cuidado da nossa doce Margarida. Parabéns linda flor!!! Temos um grande orgulho de você!!!

Saudade de todas vocês!
Um beijo e meu carinho pras flores e pro jardineiro!

*Orquídea*

Dossiê Vercillo


Qual o maior mico que já pagou?
Cair ao entrar no palco e morrer de vontade de rir ao começar a cantar uma oração que abria o show. Ps.: foi um mico muito divertido (risos)

Qual foi a grande virada na sua vida?
Na virada de 2000, ao lançar meu terceiro CD de forma independente, o LEVE.

O que a(o) faz rir?
O tipo de humor "non sense".

Pesadelo: O governo George Bush.

Sonho: A evolução da humanidade.

Ídolo de beleza: Angelina Jolie, Paola Oliveira, Paloma Duarte, Jennifer Connelli etc.

Ídolo de competência: Stevie Wonder.

Se não fosse cantor, que outra profissão teria?
Autor ou criador de alguma coisa.

Ossos do ofício: Tirar 4 fotos com cada pessoa depois dos shows.

Religião (ou Fé): Minha religião hoje é ficção científica e a imaginação das mentes evoluídas, tendo o livro Operação Cavalo de Troia (de J.J. Benitez) como uma de minhas "bíblias".

Tem algum amuleto?
Meu gato preto de estimação, que se chama SORTE.

Se fosse empossado Imperador do Brasil, com poderes absolutos e não pudesse recusar a missão, qual seria seu primeiro ato?
Nesses tempos de violência, acho que eu iria legalizar as drogas e direcionar toda a verba arrecadada para o tratamento dos viciados e dar condições dignas de educação, saneamento, moradia para toda essa geração de jovens famílias que nas favelas são reféns da hipocrisia e da total ausência do Estado.

Política: Já sofremos muito por extremismos, que consigamos construir um país com a liberdade da democracia e com a base socialista de educação, trabalho e oportunidades para todos.

Pecado da gula: Sorvete.

Mania: Ufologia.

Como vencer o estresse?
A raiz do estresse , como do ódio, da raiva, da tristeza e de tudo que pode nos diminuir é o MEDO. Ele é o nosso único inimigo. NÃO TENHA MEDO E NÃO COMPRE O MEDO QUE OS OUTROS TENTAM TE VENDER!!

Indignação: Só ouvir falar de crise, de medo, de violência e de pessimismo.

Aplauso: para os eleitores de Barack Obama.

Saudade: De muitos momentos bons, mas não trocaria o agora e o futuro por nada!

Cheiro gostoso: Mato e terra molhada de chuva.

Lembrança do primeiro amor: Não foi o primeiro, mas com certeza o mais forte até hoje. Na praia de Maricá, em um carnaval, quando conheci a Gabriela.

Sexo na primeira vez: É tão bom que é sempre a primeira vez, não é?

Barraco: Quando vejo injustiça ou hipocrisia, como essa da Igreja que condena os médicos que fizeram o aborto na vítima de abuso sexual e absolvem o estuprador. Que Deus seria esse que dá ao ser humano o livre arbítrio e depois nos pune depois que fazemos nossas escolhas? A questão de se colher aqui na Terra o que se plantou, se dá por uma lei de retorno do próprio universo.

Música da sua vida: Faltando um Pedaço.

Se fosse um bicho, qual seria?
Golfinho, dizem que eles e as baleias têm o cérebro tão ou mais desenvolvidos que nós humanos.

Coleção: De filmes e CDs.

Qual o seu objeto de maior valor de estimação?
Meu violão Gibson Chet Atinkins branco, dado a mim pelo Fagner.

Imagem marcante: A posse de Obama.



Fonte: http://www.caras.com.br/secoes/dossie/noticias/12556/


~ Margarida ~

E nem o erro é disperdício...

"A gente vive num mundo encarcerado pelo medo que nós mesmos criamos de nós mesmos. O medo é o nosso único inimigo."
Jorge Vercillo - no programa Entrevista Record Música

Nosso jardineiro em entrevista ao programa Entrevista Record Música novamente frisou que na opinião dele o medo é o nosso inimigo. Fazendo uma visita ao site da amiga Ana Jácomo, encontrei um texto que me fez lembrar as palavras do nosso poeta.


De cor

Ana Jácomo

Sei de cor o sentimento das sementes que abrigam árvores frondosas, mas têm um medo imenso de permitir que a casca se rompa. E as raízes se alastrem. E a ideia floresça. E os frutos vicejem. Sei de cor a dor das primaveras contidas nas sementes que emudecem. A dor da lua cheia em noite nublada, doida pra derramar seu clarão. A dor das nuvens infladas de encanto que querem chover, mas não conseguem. Sei de cor o tempo da lagarta, o aperto do casulo, a emoção da crisálida, a surpresa de se flagrar com asas sem saber direito o que fazer com elas.

Sei de cor a aflição diante do deserto que parece crescer, sem sinais de oásis, quanto mais se caminha. Os calos do caminhante. O cansaço que sente. A sede que aflora. A vontade de parar, às vezes, e nunca mais arredar a vida dali, mas como a alma o convida a avançar, com todos os calos do mundo, com todo cansaço do mundo, com toda sede do mundo, seduzido, enternecido pelo chamado, cheio de fé, ele dá mais um passo e mais outro e mais outro, incontáveis.

Sei de cor como dói perder. Como dói perder várias vezes. Como dói perder o que mais amamos. Que medo que dá de ganhar, depois, com a perspectiva assombrosa de uma nova perda. Que medo que dá de dançar com o improviso outra vez. Que medo que dá de reconhecer que a jornada, é, sim, feita de vida e morte, e que não há lugar para onde possamos fugir sem que a natureza nos acompanhe. Que medo que dá de permitir que aquilo que morreu se transforme em húmus, no nosso coração, para nutrir as belezas que haverão de nascer. Sei de cor como é difícil o desapego. Como demora a chegada do instante em que, enfim, mais humildes e um pouco mais sábios, nos desarmamos, nos rendemos à força que nos move e deixamos a vida cantar do jeito dela.

Sei de cor os caminhos da fuga. Como nos tornarmos hábeis em inventar pretextos, contextos, textos, para fugir de nós mesmos. Como nos tornarmos hábeis em inventar pretextos, contextos, textos, para fugir dos outros, às vezes tão amados. Como dizemos bobagens quando queremos apenas dizer o nosso amor, o nosso medo, a nossa música, a nossa humanidade, a nossa divindade, a nossa vastidão. Sei de cor os caminhos da fuga. Os mecanismos conhecidos e aqueles outros todos que inventamos, assustados, pela estrada. Sei de cor que fugir, por mais incrível que pareça, acaba nos levando, cada vez mais um pouquinho, para mais perto dos encontros.

Sei de cor que viver é trabalhoso à beça, e, ao mesmo tempo, uma oportunidade preciosa. Que, de vez em quando, o trabalho aumenta mais e a preciosidade também. Que dá vontade de correr, às vezes, mas não há lugar algum para onde possamos ir sem nos levarmos. Estamos o tempo inteiro com nós mesmos e essa é daquelas verdades que não mudam de cara, por mais que o tempo passe e tudo mude. Sei de cor que não importa as diferenças de cenário, de roteiro, de elenco, de trilha sonora, de efeitos especiais, todas as histórias têm algo em comum: o desafio e a graça do aprendizado do amor. É, sobretudo, para aprendermos a amar que estamos aqui. Às vezes, eu esqueço; você também, imagino. Mas a vida, não demora, vem nos lembrar de novo.

Sou uma caminhante na estrada do aprendizado do amor. Às vezes, exausta, eu paro um pouquinho. Cuido das dores. Retomo o fôlego. Depois, levanto e, seduzida, enternecida pelo chamado, cheia de fé, eu prossigo. Um passo e mais outro e mais outro e mais outro, incontáveis. Sei de cor que não é fácil, mas sei também que é maravilhoso olhar para o caminho percorrido e perceber o quanto a gente já avançou, no nosso ritmo, do nosso jeito, um passo de cada vez.

Fonte: http://www.anajacomo.blogspot.com/


~ Margarida ~

Para uma menina com uma flor


Porque você é uma menina com uma flor e tem uma voz que não sai, eu lhe prometo amor eterno, salvo se você bater pino, o que, aliás, você não vai nunca porque você acorda tarde, tem um ar recuado e gosta de brigadeiro: quero dizer, o doce feito com leite condensado.

E porque você é uma menina com uma flor e chorou na estação de Roma porque nossas malas seguiram sozinhas para Paris e você ficou morrendo de pena delas partindo assim no meio de todas aquelas malas estrangeiras.

E porque você sonha que eu estou passando você para trás, transfere sua d.d.c. para o meu cotidiano, e implica comigo o dia inteiro como se eu tivesse culpa de você ser assim tão subliminar. E porque quando você começou a gostar de mim procurava saber por todos os modos com que camisa esporte eu ia sair para fazer mimetismo de amor, se vestindo parecido. E porque você tem um rosto que está sempre um nicho, mesmo quando põe o cabelo para cima, parecendo uma santa moderna, e anda lento, e fala em 33 rotações mas sem ficar chata. E porque você é uma menina com uma flor, eu lhe predigo muitos anos de felicidade, pelo menos até eu ficar velho: mas só quando eu der uma paradinha marota para olhar para trás, aí você pode se mandar, eu compreendo.

E porque você é uma menina com uma flor e tem um andar de pajem medieval; e porque você quando canta nem um mosquito ouve a sua voz, e você desafina lindo e logo conserta, e às vezes acorda no meio da noite e fica cantando feito uma maluca. E porque você tem um ursinho chamado Nounouse e fala mal de mim para ele, e ele escuta e não concorda porque ele é muito meu chapa, e quando você se sente perdida e sozinha no mundo você se deita agarrada com ele e chora feito uma boba fazendo um bico deste tamanho. E porque você é uma menina que não pisca nunca e seus olhos foram feitos na primeira noite da Criação, e você é capaz de ficar me olhando horas. E porque você é uma menina que tem medo de ver a Cara-na-Vidraça, e quando eu olho você muito tempo você vai ficando nervosa até eu dizer que estou brincando.

E porque você é uma menina com uma flor e cativou meu coração e adora purê de batata, eu lhe peço que me sagre seu Constante e Fiel Cavalheiro.

E sendo você uma menina com uma flor, eu lhe peço também que nunca mais me deixe sozinho, como nesse último mês em Paris; fica tudo uma rua silenciosa e escura que não vai dar em lugar nenhum; os móveis ficam parados me olhando com pena; é um vazio tão grande que as mulheres nem ousam me amar porque dariam tudo para ter um poeta penando assim por elas, a mão no queixo, a perna cruzada triste e aquele olhar que não vê. E porque você é a única menina com uma flor que eu conheço, eu escrevi uma canção tão bonita para você, "Minha namorada", a fim de que, quando eu morrer, você, se por acaso não morrer também, fique deitadinha abraçada com Nounouse cantando sem voz aquele pedaço que eu digo que você tem de ser a estrela derradeira, minha amiga e companheira, no infinito de nós dois.

E já que você é uma menina com uma flor e eu estou vendo você subir agora - tão purinha entre as marias-sem-vergonha - a ladeira que traz ao nosso chalé, aqui nessas montanhas recortadas pela mão de Guignard; e o meu coração, como quando você me disse que me amava, põe-se a bater cada vez mais depressa.

E porque eu me levanto para recolher você no meu abraço, e o mato à nossa volta se faz murmuroso e se enche de vaga-lumes enquanto a noite desce com seus segredos, suas mortes, seus espantos - eu sei, ah, eu sei que o meu amor por você é feito de todos os amores que eu já tive, e você é a filha dileta de todas as mulheres que eu amei; e que todas as mulheres que eu amei, como tristes estátuas ao longo da aléia de um jardim noturno, foram passando você de mão em mão até mim, cuspindo no seu rosto e enfrentando a sua fronte de grinaldas; foram passando você até mim entre cantos, súplicas e vociferações - porque você é linda, porque você é meiga e sobretudo porque você é uma menina com uma flor.

(Texto de Vinícius de Moraes)


~ Margarida ~

terça-feira, 21 de abril de 2009

Poder

Para finalizar a série de músicas gravadas por Pedro Mariano, a belíssima canção Poder também faz parte do álbum Pedro Mariano 2007. "Gravar Vercilo é chover no molhado , ele vem se tornando um compositor muito importante para mim. "Vercilo consegue a façanha de gravar uma música de composição nada usual e tocar na rádio, como é o caso da música Invisível. "Poder" tem o mesmo clima de invisivel, o mesmo DNA", revelou o cantor, em entrevista a Revista In.

A foto que escolhi para ilustrar a música foi tirada pela amiga Beatriz Sampaio. Observando cuidadosamente a foto é possível perceber a fusão da imagem de Gabriela (esposa de Jorge) e de Jorge. Não tinha imagem melhor para a frase: "Quem for parar pra me ver, lá no fundo verá você a brilhar em mim".


Foto: Beatriz Sampaio


Poder

Fim nos refletores da ilusão
Até onde eu fui, ninguém terá noção
Se realidade não se fez realizar
A imaginação fará

Quis sair ileso ao coração
Já estava preso ao largar tua mão
É quando a saudade encosta e mostra o seu poder
Se eu não puder te ver

Vê como a gente se espelha e se espalha
Um transparece no outro, o que pensa e o que fala
Quando um momento é maior poleniza tudo ao redor
E faz o amanhã nascer melhor

Vê como a gente se estende e se espraia
Teu corpo se veste do meu que não tomba na raia
Quem for parar pra me ver, lá no fundo verá você
A brilhar em mim


~ Margarida ~

Raridade Elis e Tom

Como o objetivo do nosso jardim é divulgar o trabalho do nosso jardineiro e a boa música brasileira, posto essa raridade: o encontro de Elis Regina e Tom Jobim. Eles cantam Águas de março.

Hortência

Personagem

Personagem é uma parceria de Jorge Vercillo com Ana Carolina. Gravada por Pedro Mariano no álbum Pedro Mariano 2007. A respeito da música, Pedro Mariano deu a seguinte declaração ao site Revista In Online: "Vercilo me mostrou a idéia dessa música quando me deu quase amor pra gravar. Ele comentou que estava compondo com a Ana Carolina e cantarolou um pedaço dessa música e eu achei um barato, mas ela não estava terminada e por isso não rolou na ocasião. Dessa vez eu o lembrei dessa música e ela ainda não estava terminada mas pedi a ele que terminasse. Ele ia fazendo e me mostrando, trocamos muitas idéias. Aí ele foi fazendo, foi mostrando pra Ana, ela também curtiu e no final deu certo. Fico feliz de ter contribuido para que ela tomasse a forma que tomou".


Personagem

Você se vê
Por trás de um personagem
Ele não cabe em você
Não leve a mal, e entender quem sabe eu sei!
Quem sabe eu sei!

Sempre ouvindo
Todas as outras pessoas
Mas quase nunca você
Não leve a mal, mesmo sem te conhecer
Eu posso ver

Tudo que eu vivi marcou a minha estrada
Mesmo numa festa assim
Me sinto só, só, sigo só
Hoje ao menos me despi daquela farsa
Ninguém pode escolher um caminho por você

Deixa, deixa eu mudar sua vida
Seja na minha bem-vinda
Porque nem sei, quem sabe eu sei!
Venha, faça de mim seu remanso
Pode se abrir, eu alcanço
Porque nem sei, quem sabe eu sei


~ Margarida ~

Programa Entrevista Record Música

Tentei colocar disponibilizar o áudio do programa Entrevista Record Música, da última sexta-feira, mas não consegui. :(

O papo foi descontraído e sobre os mais variados assuntos entre eles: política, violência, medo. Além disso Jorge brincou quando a apresentado Maria Cândido disse que havia semelhanças entre ele e Djavan. Ele disse que há mais semelhanças entre ele e um cantor chamado Cláudio Cartier. Confesso que nunca ouvi falar do tal cantor, mas pesquisei e publico no fim do post, informações sobre Cartier.

O jardineiro revelou ainda que está compondo pela primeira vez em parceria com a esposa Gabriela. Muito boa a entrevista. A apresentadora falou que precisava de mais programas para entrevistá-lo. Concordo com ela.



Cláudio Cartier (Cláudio Brandini Cartier)
Nasceu no dia 25/9/1950, na cidade do Rio de Janeiro, RJ.

Biografia

Instrumentista (violonista). Arranjador. Cantor. Compositor. Artista plástico. Cartunista. Aos 11 anos de idade ganhou seu primeiro violão. Estudou com os professores Antonio Rebello e Jodacil Damasceno (violão clássico). Inicialmente voltado para a área erudita, em 1968 começou a ter contato com a música popular nas reuniões do Movimento Artístico Universitário (MAU). Entre 1968 e 1970, freqüentou o Instituto Villa-Lobos. Recebeu orientação musical de Radamés Gnattali e estudou canto na Escola Nacional de Música. Nessa mesma época, ingressou no Instituto de Belas Artes, tendo realizado diversos trabalhos como desenhista, destacando-se cartuns para o programa "Faça humor, não faça guerra" (TV Globo).

Dados artísticos

Em 1974, formou, com Octávio Burnier (hoje Tavynho Bonfá), a dupla Burnier & Cartier, que atuou no cenário artístico até 1978.

Com a dissolução da dupla, começou a dedicar-se preponderantemente ao seu trabalho de compositor, instrumentista e arranjador.

Em 1979, gravou uma participação especial, como cantor e violonista, na faixa "No analises", de sua autoria e de Paulo César Feital, incluída no LP de Nana Caymmi.

Em 1982, lançou seu primeiro LP solo, "Claudio Cartier", pela Opus Columbia, com arranjos seus e de César Camargo Mariano.

Em 1985, gravou suas músicas "Saigon" (c/ Carlão e Paulo César Feital) e "Dia tão bonito" (c/ Paulo César Feital) em compacto simples lançado pela Som Livre.

Dois anos depois, esteve presente, como compositor intérprete e violonista, na trilha sonora da novela "Direito de amar" (TV Globo), com "Dias de lua" (c/ Marco Aurélio e Paulo César Feital), gravada em LP lançado pela Som Livre. A canção foi incluída também na minissérie "Araponga" e indicada para o Prêmio Sharp de 1992, na interpretação de Emílio Santiago.

Participou ainda da trilha sonora da novela "Perigosas peruas" (TV Globo), com a música "É demais pra mim" (c/ Marco Aurélio).

Para o teatro, compôs a trilha sonora da peça "A tempestade" e, com Geraldo Casé, a trilha sonora do musical infantil "A fábrica de sonhos".

Assinou a produção e direção musical da peça infantil "Cinderela", de Maria Clara Machado, com músicas compostas em parceria com Elvira Helena.

Destacou-se como o autor de "Saigon" (c/ Carlão e Paulo César Feital), sucesso nas gravações de Beth Carvalho e Emílio Santiago, e "Ziguezagueou", registrada por Danilo Caymmi.

Em 1999, suas canções "Demorô" e "Olhar bandido", ambas em parceria com Paulinho Tapajós, foram registradas em disco por Beth Carvalho.

Atuou, como músico, vocalista e/ou arranjador, em gravações de Nana Caymmi, Zizi Possi, Fafá de Belem, Emílio Santiago, Sérgio Mendes, Doris Monteiro, Sarah Vaughan, Dun Burrows, George Golla, Tim Maia, Beth Carvalho, Nelson Gonçalves, Elba Ramalho, e Mussum, entre outros, e na trilha sonora do "Sítio do Pica-pau Amarelo" ( TV Globo).

Na área publicitária, compôs e, juntamente com o maestro Darcy de Paulo, produziu, peças veiculadas em rádio e televisão, para Newsplan, Fabricatto, Taco, Abecip, JPX, Corsa, Sloper, Embratur, Shopping Interlagos, Royal, Costa Verde, Azeite Borges, Telefônica Celular e Bacalhau da Noruega, entre outros.

Como cartunista e/ou ilustrador, realizou trabalhos para Editora Vecchi,TV Globo e participou de Salões, como Salão Naval , Salão do Trem, Salão Carioca de Humor, Correios e Cem Anos de Futebol, entre outros.

Em 2001, fez a foto-montagem de Tim Maia, Cassiano e Hyldon para a capa do CD "Velhos Camaradas - 2", de Carol Santos, para a Universal Music. Nesse mesmo ano, Nana Caymmi incluiu no repertório do CD "Desejo", sua canção "Naquela noite" (c/ Guto Marques).

Constam da relação dos intérpretes de suas canções Nana Caymmi, Milton Nascimento, Danilo Caymmi, Emílio Santiago, João Nogueira, Olívia Hime, Beth Carvalho, Os Cariocas, Quarteto em Cy, Leny Andrade, Nei Lopes, Wilson Moreira, Aldir Blanc, Walter Alfaiate e Tim Maia, entre outros.

Obra

Abelhas (c/ Heitor de Pedra Azul) • Aldeia global • Amei demais (c/ Marco Aurélio) • Ben-Hur dos macacos (c/ Aldir Blanc) • Chuva miúda (c/ Aldir Blanc) • Cinelândia (c/ Paulo César Feital) • Coisas da paixão (c/ Marco Aurélio) • Coisa do destino (c/ Carlos Costa) • Demorô (c/ Paulinho Tapajós) • Deveria (c/ Paulo César Feital) • Dia ferido (c/ Octávio Burnier) • Dia tão bonito (c/ Paulo César Feital) • Dias de lua (c/ Marco Aurélio e Paulo César Feital) • Dois por quatro (c/ Paulo César Feital) • É demais pra mim (c/ Marco Aurélio) • Ecoline (E. M. L. ) • Exercício matinal (c/ Octávio Burnier) • F. G. C. (c/ Paulo César Feital) • Fala geral (c/ Paulo César Feital) • Ficaram nus (c/ Octávio Burnier) • Isso não (c/ Paulo César Feital) • Lua com limão (c/ Paulo César Feital) • Marcante (c/ Octávio Burnier) • Maria Clara (c/ Paulo César Feital) • Mastruço e catuaba (c/ Aldir Blanc) • Meu coração é você (c/ Carlos Costa) • Meu sol (c/ Paulo César Feital) • Mil atrações (c/ Aldir Blanc) • 1789 (c/ Paulo César Feital) • Minha mãe não sabe de mim (c/ Octávio Burnier e Ivan Wrigg) • No analises (c/ Paulo César Feital) • Naquela noite (c/ Guto Marques) • Nas areias da ampulheta (c/ Paulo César Feital) • Olhar bandido (c/ Paulinho Tapajós) • Paralelo à Neruda (Paulo César Feital) • Peça de jazz (c/ Tahis Andrade) • Parte capital (c/ Octávio Burnier) • Ponte aérea (c/ Norma Clin) • Real grandeza (c/ Paulo César Feital) • Resgate (c/ Paulo César Feital) • Reciclar (c/ Guto Marques) • Saigon (c/ Carlão e Paulo César Feital) • Saudações (c/ Paulo César Feital) • Sítio azul • Só tem lugar pra você (c/ Octávio Burnier) • Última noite (c/ Paulo César Feital) • Ziguezagueou (c/ Marco Aurélio e Marcio Proença)

Discografia

• Burnier & Cartier Burnier & Cartier (1974) RCA LP
• Burnier & Cartier Burnier & Cartier (1976) Odeon LP
• Brazilian connection Burnier & Cartier (1977) Pie Records, Austrália LP Lançado nos EUA, sob o título de "Brazilian parrots", pela First American Records.
• Claudio Cartier (1982) Opus Colúmbia LP
• 1789/Deveria (1984) Warner/Apache Compacto simples
• Saigon (1985) Som Livre Compacto simples
• Direito de amar Participação na faixa "Dias de lua" (1987) Som Livre LP

Fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira

http://www.dicionariompb.com.br/verbete.asp?nome=Claudio+Cartier&tabela=T_FORM_A


~ Margarida ~

Quase amor

Continuando com as canções feitas por Jorge e gravadas por Pedro Mariano, posto a bela canção Quase amor...


Quase Amor

Que poder é esse e o que é que eu fiz?
Que desejo é esse que eu sempre quis?
Fez-se paraíso dentro de mim
Mas choveu granizo no meu jardim

Era um quase amor, tipo casual
Atravessa a dor e não fica mal
E eu fui condenado sem ter juiz
Me senti culpado de tão feliz

Um físico desafiou:
"Como que o sentimento pode o tempo atravessar"
Um cínico dissimulou:
"Isso vai passar..."

Um místico profetizou:
'Tava no seu caminho escrito e não se apagará'
Um lírico poetizou:
"Dá pra ver no ar!"

Era um quase amor, tipo casual
Atravessa a dor e não fica mal
E eu fui condenado sem ter juiz
Me senti culpado de tão feliz

Um místico profetizou:
'Tava no seu caminho escrito e não se apagará'
Um lírico poetizou:
"Dá pra ver no ar!"

Isso é pra usar, é de sinceridade
Eu morro de pensar, fico na vontade
Mas se o que você diz já não é verdade
Que maldade...


~ Margarida ~

O trem de Vercillo

Artista carioca lança novo CD e DVD

por Renato Mendonça

Foto: Monique Silva

Jorge Vercillo está de volta com o CD e DVD novos, batizados de Trem da Minha Vida. Falando por telefone do Rio, o carioca de 40 anos brinca que jornalistas mineiros deram à palavra trem a acepção regional das Gerais, ou seja, várias coisas reunidas. Vercillo, que deve tocar em Porto Alegre no segundo semestre, propõe outra sinonímia:

– É a minha carreira em movimento, em direção ao Exterior. Ou o desfile das vertentes da minha carreira: bossa, baião, r&b, balada, ijêxá, pop e samba.

Com a ajuda de um ótimo time de músicos – Paulo Calasans (teclados), Cláudio Infante (bateria), André Neiva (baixo e vocal), Bernardo Bosisio (guitarra e violões), Glauco Fernandes (violino), Fábio Costa (trompete), Armando Marçal e Sidinho Moreira (percussão) –, Vercillo desfila sucessos como Encontro das Águas, Homem-Aranha, Monalisa e Que nem Maré. Passeia ainda pelo projeto Coisa de Jorge (que reuniu ele, Jorge Aragão, Jorge Ben Jor e Jorge Mautner em 2007), cantando Líder dos Templários e São Jorges – essa última em dupla com o gaúcho Serginho Moah.

– Conheci Moah em uma festa na casa da Ana (Carolina). Me identifiquei com o gosto musical e o timbre dele – lembra Vercillo.

No Trem de Vercillo, cabem parceiros de longa data: Jota Maranhão, que canta o samba Filosofia de Amor, e Dudu Falcão, no hit Coisas que Eu Sei. Há lugar também para o reggae-xote que dá nome ao disco e mira no regional.

– Meu projeto passa por Europa, Chile, Uruguai e Argentina. Acabo de voltar de Buenos Aires, onde tive ótima repercussão – avalia.


Fonte: Jornal Zero Hora, de Porto Alegre

Pode ser

O cantor Pedro Mariano gravou algumas músicas de Jorge Vercillo. Para abrir a série, a canção Pode ser.



Pode Ser


Já me acostumei com a insegurança
De quem não quer sofrer
A paixão certeira que nos alcança
Quem poderá prever

A profundidade e o envolvimento
Não dá pra controlar
A longevidade do sentimento
Só o tempo dirá

Pode ser
Uma nova ilusão
Pode ser
Esse meu coração
Ou será o amor, ou será

Quando a tua boca me rouba um beijo
Sinto meu chão rachar
Amo teus contornos, em ti me vejo
Dentro do teu olhar

Mas bem lá no fundo me bate um medo
Medo de me entregar
Quase todo mundo tem um segredo
Me ajuda a desvendar

~ Margarida ~

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Reportagem do jornal Gazeta de Piracicaba

MUITO ALÉM DA MPB
Trem da Minha Vida Novo trabalho de Jorge Vercillo vem mais maduro na forma e no conteúdo

por Érica Araium - da Agência Anhanguera

Foto: Wanessa Rafaela

Jorge Vercillo não é só mais o dono de canções de sucesso como Fênix, Monalisa, Que Nem Maré e outros hits tão dele que há tempos passeiam no dial. É um Jorge de “eles” dobrados e de santo ainda mais forte abençoando seus 16 anos de carreira. À primeira vista, porém, tanto o CD quanto o DVD Trem da Minha Vida (EMI Music), novo projeto do cantor, compositor e violonista cintilam como dropes mais do mesmo pintados de azul. Afinal, frutificaram do registro ao vivo de duas noites de ingressos esgotados no Canecão, no Rio de Janeiro, em 2008, e são consequência da bem sucedida turnê do álbum Todos Nós Somos Um (2007, EMI Music). Mas não é nada disso. Trata-se, sim, de uma experiência sonora muito além da boa e velha MPB.

Tanto a voz quanto os arranjos de Vercillo, que há tempos encontrou o aconchego de seu público, soam mais maduros no conteúdo e na forma. No DVD isso fica claro. “Não foi algo planejado ou pensado. Mas há muitos dedos de Deto Montenegro (diretor artístico de Jorge Vercilo ao Vivo, 2006) também nesse espetáculo urbano. Foi ele que me libertou de dogmas e me deixou mais à vontade no palco”, conta.

Tão à vontade que a canção que dá nome ao projeto — um reggae-xote despedida — homenageia e entrega a intimidade do músico. “Foi meu filho mais velho Vinicius quem fez com que eu incluísse essa música no disco. É uma homenagem à minha mãe. Fala da importância de cultivarmos os sonhos e, ao lutar por eles, de levarmos na bagagem a educação e os valores, nossas fortunas maiores”, explica. Tanto essa canção quanto São Jorges, abordam temas sociais, predileção de Vercillo.

Segundo o músico, Todos Nós Somos Um foi o álbum que melhor se aproximou da verdade musical de Vercillo. Mas em se tratando de liberdade, não há dúvida de que Trem Da Minha Vida é a tradução de seu potencial enquanto arranjador: num mesmo palco, diferentes Jorges são interpretados por um único Vercillo.

Para coroar o momento, Vercillo trouxe para dentro de sua sala — o palco — os parceiros Dudu Falcão (com quem interpreta Coisas que eu Sei, de Dudu e sucesso na voz de Danni Carlos), Serginho Moah (o vocalista do Papas da Língua canta São Jorges, canção que entrou no CD e DVD) e Jota Maranhão (que faz coro em Filosofia de Amor).

O DISCO. O CD traz 14 faixas e à exceção de Trem da Minha Vida e São Jorges (parceria com Jorge Aragão), as letras das demais canções são conhecidas do público. As melodias, completamente outras, porém. As três faixas que abrem o álbum — Devaneio, Voo Cego e Homem-Aranha — delatam que Vercillo está mais sofisticado e jazzístico. Mas também mais salsa (Monalisa), soul (Final Feliz), samba (Toda Espera) e muito Jorge nas canções pinçadas do projeto especial Coisa de Jorge (2007, EMI Music) — Líder dos Templários e São Jorges. Ainda no repertório, foram incluídas as canções de carreira como Encontro das Águas, Fênix (que leva um inusitado solo de bateria de Claudio Infante) e Que Nem Maré, numa versão para lá de dançante.

DVD. A cereja do bolo deste projeto está no DVD. Vercillo interpreta só e bem acompanhado 24 canções de forma lúcida e experimental. Destaque para o samba autobiográfico Tudo que eu Tenho e uma versão para lá de gentil e fraseada do jazz Tenderly (Walter Lloyd Gross/ Jack Lawrence). Em Camafeu Guerreiro, ponto alto do DVD, o cantor convoca os músicos de sua big band para uma roda de capoeira. Mas há que se destacar os extras, sobretudo no tópico Em Casa ou em Qualquer Lugar. Lá há mais da intimidade de Vercillo que imagina nossa “vã filosofia” e uma deliciosa versão voz e violão daquele bamba desenvolto no palco, com direito ao carinho dos filhos (Vinícius, de seis anos, acompanha o pai ao violão e dá show enquanto Vitor faz das suas bagunças de neném) e esposa.

Vercillo se assume tão lírico e metafórico quanto livre e otimista e diz que sua maneira de compor não mudou.

Fonte: http://www.gazetadepiracicaba.com.br/conteudo/mostra_noticia.asp?noticia=1630069&area=26050&authent=005625CFFD8EA3711712DBEEFFE246


~ Margarida ~

Reportagem do site Uai

Jorge Vercillo convida parceiros para gravar Trem da minha vida
Cantor prova que vozes masculinas também
têm vez na música popular brasileira

por Ailton Magioli - EM Cultura

Foto: Monique Silva

Para provar que nem só de cantoras vive o Brasil, Jorge Vercillo resolveu levar para o palco do Canecão, no Rio, três convidados que, se não convencem pela força do gogó, pelo menos mandam ver em termos de composição, caso de dois deles. Gravado ao vivo na casa noturna em que ele estreou carreira há uma década, o DVD Trem da minha vida, que o intérprete carioca está lançando, exibe os parceiros Dudu Falcão (Coisas que eu sei) e Jota Maranhão (Filosofia de amor) à vontade no ofício do canto, reservando também para a versão em CD a participação especial do vocalista da banda gaúcha Papas da língua, Serginho Moah (São Jorges, inédita da parceria com Jorge Aragão).

“Não gosto da obrigatoriedade de convidados. Tanto que não chamamos nenhuma estrela, o que poderia soar como uma bengala, coisa que não preciso. A presença dos três foi mesmo pelo prazer de chamar amigos, principalmente para confrontar com esta ideia de que o Jorge Vercillo está sozinho enquanto cantor. As pessoas falam muito das cantoras, das meninas da MPB, esquecendo-se de que temos compositores cantores”, prega Vercillo, ele mesmo vítima durante longo tempo do preconceito que insistia em apontá-lo como “cover de Djavan”, diante da timbragem parecida com a do mestre alagoano das melodias.

Autor de obra cujo apelo popular às vezes aproxima das pérolas de Djavan, Jorge Vercillo experimenta fase da carreira em que diz se aproximar, cada vez mais, da tradicional MPB, como já havia provado no disco anterior, Todos nós somos um, no qual lançou a confessional e autobiográfica Tudo que eu tenho (“Quando menino /eu troquei a bola pela viola /e fiz da praia do Leme /o meu Abaeté”). Não bastasse isso, o cantor trocou de banda, convocando instrumentistas de renome para acompanhá-lo. “É uma banda nova, de músicos qualificados, altamente requisitados pelos estúdios, tanto Paulo Calasans (teclados, coordenação musical), quanto Cláudio Infante (bateria) e Armando Marçal (percussão), entre outros”, conta Vercillo. Segundo admite, ele trocou de músicos porque precisava de uma nova sonoridade. “E ficou um som muito denso. As pessoas começaram a falar que este era o meu melhor show, o que refletia mais todas as minhas vertentes, e ele realmente aprofundou nestas questões”, acrescenta.

Curiosamente intitulado Trem da minha vida, por sugestão do executivo de gravadora Marcelo Castelo Branco, o disco não tem nada de mineiro, ainda que ele também não negue a relação de admiração pelo Clube da Esquina, do qual fez parceiro Cláudio Venturini. A música-título é um reggae, meio xote, à qual se juntam no repertório sucessos dele como Homem aranha, Ela une todas as coisas, Encontro das águas, Fênix, Monalisa e Que nem maré, todas regravadas em novas versões. “Trata-se da continuidade de Todos nós somos um, mesmo porque o show não é mais o mesmo da turnê passada”, avisa o cantor. O lançamento nacional do CD/DVD começa por São Paulo, mês que vem.

Obama é novo alento

O mundo vive um momento muito focado no medo, na opinião de Jorge Vercillo, que, diante de tal cenário, resolveu aprofundar o discurso social de suas canções. “Você liga a televisão e só ouve falar em crise. Essa crise é meio fantasma, ela parte das pessoas que investem na bolsa, não atinge as camadas mais populares”, opina o cantor. “É uma crise muito psicológica, que vem traduzir o medo que a humanidade está atravessando. Trata-se de terrorismo total”, protesta Vercillo, que vê na situação uma “jogada” para frear o desenvolvimento de países emergentes como China, Índia e Brasil.

Ao parceiro Jorge Aragão, com quem assina a canção-prece São Jorges, cujos vocais ele divide com Serginho Moah, coube dar o tom de protesto do disco. “Meu filho ardia em febre /e o preço do remédio nem dava no salário”, dizem os versos. Para o cantor, a posse do democrata Barack Obama na Presidência dos Estados Unidos, no entanto, traz novo alento para o mundo. “A tendência é de melhorar, de ter um pouco mais de compreensão, de tolerância e de aceitação do que é diferente, coisa que o americano médio e republicano tem dificuldade”, justifica.

“Mas estou até concordando um pouco com o presidente Lula. A mídia, principalmente, precisa parar de vender esse terrorismo, esse medo. Afinal, nós, brasileiros, crescemos na crise. Sempre ouvi falar de crise, desde que era pequeno. Quando comecei a carreira artística, a crise era a desculpa para as gravadoras não abrirem espaço para novos talentos. Precisamos nos concentrar mais no construir”, conclui o cantor.

Fonte:http://www.new.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_19/2009/04/19/ficha_musica/id_sessao=19&id_noticia=10213/ficha_musica.shtml


~ Margarida ~

Um edifício no meio do mundo

Música sempre tem um pouco de mágica, né? No momento em que posto a letra da música Um edifício no meio do mundo, ela começa a tocar na Tribuna FM. Mais uma dessas gratas coincidências... Mas vamos a história. A canção foi composta em parceria com a cantora e compositora Ana Carolina e gravada por ela. Várias pessoas já me disseram não ter gostado da versão da cantora. Fica a espectativa de ouvirmos na voz do nosso jardineiro...



Um edifício no meio do mundo

Os meus olhos cheios d'água
Seu mar vazio
Qual é o fio que nos une e nos separa?

Eu quero seu sorriso
No correr da minha hora
E não o falta nada pra gente ser feliz agora

Só por você .. eu dei até o que eu não tive
Há tantos que vivem sem viver um grande amor
Eu que sonhei por tanto tempo em ser livre

Me prenda em seus braços
É o que eu te peço

Somos um barco no meio da chuva
Um edifício no meio do mundo
Fortes e unidos como a imensidão

Num passeio no meio da rua
Vamos dias e noites afora
Agora podemos ver na escuridão

Só por você ... eu dei até o que eu não tive
Há tantos que vivem sem viver um grande amor
Eu que sonhei por tanto tempo em ser livre

Me prenda em seus braços
É o que eu te peço


~ Margarida ~

O que você fez?

A canção a seguir foi gravada por Alexandre Pires quando fazia parte do grupo Só pra contrariar.


O Que Você Fez

O que você traz
Que chega e me faz feliz
Como estou

Vê algo a mais com olhos de raio x
Vê quem sou

Muda ao redor
O mundo é um lugar melhor
Com você

Se é bom te ver
Imagina te beijar, que prazer

E quando vem chega, envolve
Me faz tão bem

Eu piso sem chão
Eu queimo sem sol
Eu choro sem dor

Eu sou um só
E sinto por 10
O que você fez
Me dando o teu amor


~ Margarida ~

domingo, 19 de abril de 2009

Sensível demais

Essa música sempre despertou a minha atenção antes mesmo de conhecer a obra do nosso jardineiro. Mesmo não gostando muito de duplas sertanejas, aquela canção gravada por Cristian e Ralf tinha algo de especial. Só depois de me tornar fã de Jorge (muito tempo depois) descobri que a música era uma composição dele. "...E uma força inexplicável me levou até você." Sensível demais foi gravada posteriormente por Nalanda (participante do programa Fama e compôs atrilha sonora da novela Chocolate com Pimenta) e Maria Bethânia.



Sensível Demais


Hoje eu tive medo
De acordar de um sonho lindo
Garantir reter guardar essa esperança
Ando em paraísos descaminhos precipícios
Ao seu lado vejo que ainda sou uma criança

Sensível demais eu sou um alguém que chora
Por qualquer lembrança de nós dois
Sensível demais você me deixou e agora
Como dominar as emoções

Quando vem à tona todo amor que esta por dentro
Chamo por teu nome em transmissão de pensamento
Longe a tua casa vejo a luz do quarto acesa
Não tem nada que não vaze que segure essa represa

Sensível demais eu sou um alguém que chora
Por qualquer lembrança de nós dois
Sensível demais você me deixou e agora
Como dominar as emoções


~ Margarida ~

Futuro azul

Futuro azul foi gravada por Angélica no filme Um show de verão.

Futuro azul

Eu já tentei falar
Você não quis ouvir
Que nada tomaria o seu lugar

A vida é mesmo assim
Aqui dentro de mim
O que foi dito não se apagará

Sempre quando me preparo
Nada chega acontecer
E teimo em querer manipular os fatos
Tava desligado
Foi ai que apareceu você
A coisa mais bonita que me aconteceu

Você é especial
É o meu futuro azul
Fantasia tão real
Minha estrela guia, cruzeiro do sul

E a lua cheia
Que brilha dentro de mim
E este sentimento, não tem fim


~ Margarida ~