quarta-feira, 2 de julho de 2008

A hora da flor


Um dia desses, uma amiga realizou um sonho. Um sonho daqueles bem antigos. Daqueles bem grandes. Daqueles que têm braços compridos que abraçam vários aspectos da vida. Existem sonhos descartáveis, esses que vamos deixando pelo caminho à medida em que os nossos interesses mudam. Existem sonhos tão pequenininhos que até esquecemos deles, de vez em quando, envolvidos com o cultivo dos que são mais expressivos. Existem sonhos que a gente ainda nem sabe direito se, de verdade, são nossos ou de pessoas que queremos agradar, seja lá por quais motivos. Mas o sonho dela era de outra natureza. Era viçoso. Era um sonho sempre atual. Daquele tipo cuja realização faz toda diferença para quem sonha.

Depois de tanto preparo da terra, de tanta rega, de tanta espera, o sonho floresceu da forma mais repentina e inusitada possível. Nem com toda perspicácia criativa, ela poderia imaginar que a realização viesse com o enredo que a vida escreveu para fazê-lo acontecer. Quando é o momento, estamos cheios de exemplos, a vida tem uma criatividade que supera, de longe, a nossa imaginação. Chegada a hora da flor, ela vem à tona. Parece que o tempo tem os critérios dele, a sabedoria dele, um jeito todo dele de fluir, que muitas vezes não equivale ao ritmo da nossa expectativa. Todo sonho pede ação, mas também o exercício da paciência.

Assistir alguém realizar um grande sonho, celebrar junto, principalmente quando sabemos a história da jornada percorrida até ali, costuma nos levar ao território onde vivem os sonhos da gente e a renovar o nosso olhar para eles. Quando uma pessoa recebe uma dádiva inestimável é como se o mundo todo respirasse um pouco melhor naquele instante. Não importa o que nos fala a nossa racionalidade, tantas vezes sabotadora, a bolsa carregada de apetrechos para controles e medições, o que tem que ser tem força, como se diz por aí. A vida sabe ser surpreendente. Muitos sonhos começam a ser realizados em silêncio, sutilmente, e desabrocham quando menos esperamos. A qualquer momento, pode acontecer aquele sonho. Aquele, que faz tudo mudar.


O texto acima é da jornalista carioca Ana Jácomo. Ela tem uma forma sútil, delicada e expressiva de escrever e por falar em sonhos e flores achei pertinente postá-lo aqui no Jardim. Ao lê-lo, recordei momentos que me trouxeram felicidade e que nunca se apagarão da minha mente e, sobretudo do meu coração de flor. Momentos como os que pude estar pertinho de Jorge Vercillo, conhecê-lo pessoalmente, mesmo que a emoção e o êxtase do momento não tenham me permitido dizer tudo o que penso e sinto. Acho que algumas de nós, já possou por isso, não é verdade?! Graças a Deus e a Jorge momentos especiais não faltam na minha vida e pelo jeito nunca faltarão. Momentos, como por exemplo, quando conheci a Orquídea (Marcinha), que fez uma festa como se nos conhecêssemos há muito tempo. Na verdade, é uma coisa meio mágica essa. É uma sensação que se repete a cada novo abraço, a cada nova flor. Muitas das flores conheci pelo orkut ou pelas mensagens que mandavam para o guestbook do site do nosso jardineiro. Mensagens que muitas vezes diziam exatamente o que eu queria dizer. E como sabiam o que eu queria falar? Simplesmente porque todos nós somos um, uma. Somos irmãs. Pertencemos a um mesmo clã. O clã Vercilliano. Clã mais que feliz. Clã que cresce a cada show, a cada música, a cada encontro. Sonhar é maravilhoso, mas que bom que no nosso caso o sonho é realidade. Infelizmente, não poderei ir ao show de Taquaritinga. Mas sei que estarei no melhor lugar: no coração de cada uma de vocês. Bem daqui onde estou, assistirei ao show e me sentirei ao lado de vocês, compartilhando cada emoção, cada sorriso, cada lágrima... Torcendo para que em breve estejamos todas juntas (fisicamente) quem sabe num próximo show? Divirtam-se, cantem, dancem e saibam que daqui farei o mesmo. Estaremos todas num só coração, no coração vercilliano!

Salve Jorge! Salve a nossa bela amizade!

Beijos perfumados e orvalhados de lágrimas!

Quando puderem, visitem o site da Ana Jácomo (Cheiro de flor quando ri). Tenho certeza que vão gostar.


~Margarida~

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