Jorge em uma entrevista que ouvi ou assisti (não lembro ao certo) disse que cursou jornalismo, mas não tinha alma de jornalista.
Infelizmente, a universidade muitas vezes se preocupa com a técnica ou a prática e esquece que lidamos com ser humanos. Tive uma experiência no período
passado de trabalhar comunicação em uma comunidade carente e pude perceber o quanto a mídia é cruel com as pessoas marginalizadas. Escolhemos a comunidade Padre Villermain, no Hipódromo (Recife). Eles reclamaram porque não tinham vez e nem voz na imprensa. O local só aparecia nos noticiários policiais quando acontecia um crime ou um assassinato. O lado cultural da comunidade ninguém mostrava. Eles têm grupos de grafitagem, hip hop e break e através desses movimentos contribuem com a educação e conscientização de adultos e crianças do local.
Transmitem mensagem de esperança de que um mundo melhor é possível e deve começar com cada um de nós. Com certeza aprendemos mais do que ensinamos. Foi uma experiência muito proveitosa.
Sabemos do poder manipulador da mídia. Quantas meninas não cortam o cabelo, se vestem, se comportam como um desses famosos personagens de novela. Mas ninguém admite abertamente ser mais um fantoche. A influência da mídia, em sua maioria, é negativa. Basta ver os últimos exemplos. Depois do caso Isabela quantas crianças foram atiradas pela janela? Várias.
Agora quantos namorados (as) e maridos (esposas) não cometerão crimes passionais? Marginais são transformados em 'pop stars'.
Nós temos a função de informar para formar opiniões, mas não podemos impô-las. Acho ótima essa idéia de consumir notícias positivas. Pena que nossa desumana imprensa prefira omiti-las. E disso nasce aquele velho questionamento (que certamente Jorge e todos os estudante de comunicação social já debateram nos bancos da universidade): a mídia mostra o que o povo quer ou o povo vê o que a mídia mostra?
Há um texto de Rita Apoena que resume tudo: “ Não é que o mundo seja só ruim e triste. É que
as pequenas notícias não saem nos grandes jornais. Quando uma pena flutua no ar por oito segundos ou a menina abraça o seu grande amigo, nenhum jornalista escreve a respeito. Só os poetas o fazem."
E que bom que Jorge faz parte do time dos poetas. O mundo agradece... Entremos também para o time que consegue ver a beleza nas pequenas coisas e acredita num mundo melhor. Sem viver alienado num mundo cor-de-rosa.
Beijos perfumados!
Obs.: As fotos que ilustram esse post foram tiradas na Comunidade Pe. Villermain (Hipódromo - Recife), no projeto Comunicação e Arte que desenvolvi com alguns amigos para a cadeira Comunicação e Cidadania.

~ Margarida ~
Sabemos do poder manipulador da mídia. Quantas meninas não cortam o cabelo, se vestem, se comportam como um desses famosos personagens de novela. Mas ninguém admite abertamente ser mais um fantoche. A influência da mídia, em sua maioria, é negativa. Basta ver os últimos exemplos. Depois do caso Isabela quantas crianças foram atiradas pela janela? Várias.
Nós temos a função de informar para formar opiniões, mas não podemos impô-las. Acho ótima essa idéia de consumir notícias positivas. Pena que nossa desumana imprensa prefira omiti-las. E disso nasce aquele velho questionamento (que certamente Jorge e todos os estudante de comunicação social já debateram nos bancos da universidade): a mídia mostra o que o povo quer ou o povo vê o que a mídia mostra?
Há um texto de Rita Apoena que resume tudo: “ Não é que o mundo seja só ruim e triste. É que
E que bom que Jorge faz parte do time dos poetas. O mundo agradece... Entremos também para o time que consegue ver a beleza nas pequenas coisas e acredita num mundo melhor. Sem viver alienado num mundo cor-de-rosa.
Beijos perfumados!
Obs.: As fotos que ilustram esse post foram tiradas na Comunidade Pe. Villermain (Hipódromo - Recife), no projeto Comunicação e Arte que desenvolvi com alguns amigos para a cadeira Comunicação e Cidadania.
~ Margarida ~
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