segunda-feira, 8 de junho de 2009

Matéria do Diario de Pernambuco

Festival de sucessos na dobradinha Arantes e Vercillo
por Pollyanna Diniz
Foto: Wanessa Souza


O dia dos namorados só será na próxima sexta-feira, 12 de junho, mas muitos casais aproveitaram a noite do último sábado para antecipar a comemoração ouvindo Guilherme Arantes e Jorge Vercillo. Passava das 22h, quando as cortinas se abriram e Arantes surgiu no palco, acompanhado somente pelo inseparável teclado. Deu boa noite ao público, que nem de perto chegava a lotar o Chevrolet Hall, em Olinda. O clima parecia morno até que começaram a surgir as introduções conhecidas, anunciando canções consagradas, como Amanhã. Cantando em coro Eu nem sonhava te amar desse jeito, o público entrou realmente no clima de revival, que prosseguiu com Brincar de viver e Pedacinhos.

As composições de Lótus, último CD de inéditas lançado por Arantes, também estiveram presentes no show, mas estavam muito bem encaixadas entre dois outros sucessos que todos sabiam cantar. Foi assim que, em quase uma hora e meia de apresentação, o compositor conseguiu construir uma intimidade com quem estava na pista. Intimidade, aliás, como o nome da série que tem um novo CD e DVD de Guilherme Arantes, lançado pela Som Livre, onde ele canta e toca no estúdio de sua casa.

No sábado, algumas composições ganharam uma batida mais eletrônica que, nem sempre, combinou com as músicas. Teve ainda uma homenagem a Elis Regina, que deu vida à composição Aprendendo a jogar, feita por Arantes. Ao fim do show, a pista estava bem mais lotada e, no bis, as máquinas fotográficas e os celulares entraram em ação quando Jorge Vercillo apareceu no palco para uma dobradinha em Planeta água. "Essa letra está na minha memória musical. Lembro que ia do Rio para Teresópolis com o meu pai e ele perguntava porque eu estava tão quieto. Na realidade, eu ia ouvindo aquela música, olhando a natureza", disse Vercillo, pouco tempo depois, quando já era dono do palco. Arantes se despediu da plateia com Lindo balão azul. "Muitos cantavam essa música quando eram crianças, inclusive ele", anunciava o compositor, referindo-se a Vercillo.

Casa cheia - Alguns minutos de espera, pouco depois da meia-noite, foi a vez de Jorge Vercillo fazer seu show. Mostrou porque lota casas de shows e porque são tantas as músicas tocando nas rádios. Entre elas, Signo de ar, que deu nome ao álbum lançado em 2005; Melhor lugar, uma parceria com o pernambucano Dudu Falcão; e até uma versão para Tenderly, de Walter Lloyd Gross e Jack Lawrence, que foi emendada a Devaneio, do CD Todos nós somos um, de 2007.

Para montar esta turnê e apresentar uma sonoridade diferente ao público, Vercillo trocou integrantes da banda e fez novos arranjos para letras conhecidas. Por isso, o suspense pairou no ar até que todos reconhecessem Leve, música de 2000. Mas o público parece não ter tido paciência para aguardar o show engatar. Depois de uma hora no palco (foram quase duas horas e meia de show), muitos já tinham deixado a casa. Quem decidiu aguardar, dançou muito e viu um Jorge Vercillo à vontade no palco, feliz mesmo. Tirou fotos com as máquinas das fãs que queriamvê-lo mais de perto, agradeceu o apoio das rádios pernambucanas.

E ainda tinha mais show: Homem-aranha; Trem da minha vida, um reggae que dá nome ao seu novo CD e DVD, gravado durante um show no Canecão; Ela une todas as coisas, Monalisa; Praia nua, que ganhou versos em espanhol, talvez um preparativo para a turnê que o cantor pretende fazer pela Argentina, Chile e Uruguai; Encontro das águas, Fênix, Avesso. Com André Neiva (baixo) cantou São Jorges e fez a banda toda entrar na roda de capoeira, com direito a berimbau, entoando versos de músicas como Eu só quero um xodó, de Dominguinhos e Anastácia. Em Final feliz, todas as mãos já estavam para o alto. O bis trouxe Himalaia e Líder dos Templários, que também fez parte do projeto Coisa de Jorge, gravado em 2007 por quatro Jorges: Vercillo, Aragão, Mautner e Benjor. Vela de acender completou o setlist da noite, dando "asas para voar" a todos que ainda se permitiram estar no Chevrolet Hall.

Fonte:
http://www.diariodepernambuco.com.br/2009/06/08/viver7_0.asp


~ Margarida ~

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