quinta-feira, 28 de agosto de 2008


Boa Tarde, queridas amigas e visitantes deste belo jardim!

Estou com tanta saudades de vocês. Todas vocês. Meu coração hoje tem cheiro de perfume doce e notas musicais de saudade. Saudades da presença luminosa, graciosa e perfumada de vocês. Saudade da delicadeza simples e sinecera que sinto, quando estou com vocês.

Espero encontrá-las em breve, minhas petálas sentem falta da luz e dos mimos que vocês emitem. :)

Essa vida de 'flor cientista' anda corrida e seca. Aproveito aqui para pedir desculpas as minhas 'flormigas' pela demora nas respostas e pela ausência temporária, repito: temporária, na vida virtual de vocês. Faz tempo que não escrevo por aqui. Aliás nem aqui, nem lá no meu blog (metaforasdavida.blogspot.com). Mas hoje deu uma vontade danada de escrever e quando escrevo falando de metáforas, falando de amor, falando de flor, eu me sinto bem pertinho de vocês. E meu coração, enfim, fica feliz.

Beijos perfumados de Jasmim ઇ‍ઉ,

Paulinha Fernnandes.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008


“Um dia será o mundo com sua impersonalidade soberba versus a minha extrema individualidade de pessoa, mas seremos um só.”

Clarice Lispector

A cura através do bom humor

Acredito que todos já ouviram falar sobre o trabalho dos Doutores da Alegria. Eles têm uma proposta linda de levar esperança, sobretudo às crianças internadas nos hospitais. Quando eles chegam, as alas hospitalares se enchem de cores. O choro, a tristeza e a dor são substituídos por sorrisos de felicidade.

Os doutores na verdade são atores e a proposta do humor como lenitivo é levada a pacientes de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e, daqui, do Recife.

Quem quiser conhecer um pouco mais do trabalho deles pode acessar o site:

Há dois vídeos no YouTube que mostram toda a emoção das visitas dos 'doutores palhaços'.

O primeiro é do fotógrafo pernambucano Hélder Tavares. Ele é composto de fotos em preto e branco e é simplesmente maravilhoso. Quem quiser conferir o vídeo pode acessar através do endereço: www.youtube.com/watch?v=ZF6tEQQP8wc ou ver as fotos no site de Hélder: http://www.flickr.com/photos/heldertavares/sets/72157600032017741/ No site há outras fotos lindas tiradas por ele.

O outro vídeo tem como tema a canção Eu não sei na verdade quem eu sou, do Teatro Mágico. Música que foi inspirada no trabalho deles. Ele pode ser visto no YouTube: http://br.youtube.com/watch?v=2YmVDBx6CXY

Vale a pena conferir os dois vídeos e conhecer esse magnífico projeto.

Beijos perfumados!


~ Margarida ~

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

O coração na ponta das chuteiras


Uma derrota é sempre uma derrota? Afirmo, categoricamente, que não. Cada perda tem a sua face. Li em um site de notícias que perder lutando dói menos. Não sei se a dor é menor, mas, certamente, fica a convicção de que não foi por covardia que ela se fez.

Foi assim que a medalha de ouro da seleção feminina de futebol transformou-se em prata. A prata mais dourada que já vi porque foi regada pelo suor da perseverança. Se as meninas não chegaram ao lugar mais alto do pódio, tiveram o reconhecimento dos irmãos tupiniquins.

“Verás que um filho teu não foge à luta.” Lamento que os rebentos da seleção masculina não tenham encarnado o espírito guerreiro invocado no hino da nação que deveriam defender. Todavia é a outro senhor que os jogadores servem. O dólar, o euro e o real: a trindade que para eles é a santa.

Amor a camisa. Ah... o amor! Se antes movia nossos soldados no campo sagrado do futebol, hoje, ele é uma utopia. A inesquecível derrota para a Itália na Copa do Mundo de 82 feriu quase mortalmente uma geração. O lenitivo ficou por conta da garra e do futebol bonito que os combatentes brasileiros demonstraram na ocasião.

Raça que sequer entrou em campo no Mundial de 98 (França) e que passou longe do estádio dos Trabalhadores (Olimpíadas de Pequim 2008). Porém, hoje (21/08/2008), floresceu no mesmo estádio dos Trabalhadores com as guerreiras-meninas brasileiras.

Mostraram a uma nação e aos machistas (que insistem em afirmar que mulher não entende nada de futebol) que aprenderam a jogar com os homens. Isso, nós mulheres, temos que admitir! Mas uma lição foi ensinada e, ao contrário deles, elas não esqueceram. Quando entram em campo tiram o coração do peito e o colocam na ponta das chuteiras.

Valeu, meninas! O ouro é só questão de tempo porque vontade e amor vocês têm de sobra. E quem sabe um dia, os meninos aprenderão com vocês o que os ancestrais deles ensinaram: amor à camisa.

Foto: O Globo

~ Margarida ~

domingo, 17 de agosto de 2008

Jorge Vercillo, versos e versões

Florzinhas, hoje posto aqui um artigo escrito por Wilson Francisco. Ele passou a admirar o trabalho e a sensibilidade do nosso jardineiro através da esposa e porque não dizer, passou a integrar a família Vercilliana. Clã dos que acreditam na sensibilidade, na amizade e em tudo que é belo. Agradeço ao Wilson por ter, gentilmente, autorizado a publicação do texto no nosso Jardim. Para quem quiser ler mais textos e conhecer o site, o endereço é:
e-mail: wilson153@gmail.com


Jorge Vercillo, versos e versões



Há um atavismo natural que às vezes emerge da oculta intimidade do ser humano e, se nos pega desprevenidos, causa estragos. Popularmente se diz que temos cinco minutos de bobeira. E temos de nos cuidar porque se fizermos algo ou falarmos alguma coisa nesse momento ou envolvido pelo tal atavismo que ensombra nossa visão sobre as coisas, poderemos cometer injustiças e ter até atitudes insanas.

Pois é, eu fui acometido por esse atavismo que me fazia ver Jorge Vercillo uma cópia/sombra do Djavan. Não sei por quê. Minha mulher é apaixonada pelo Djavan, no entanto, recentemente matriculou o Vercillo em sua escola de afeição, colocando-o na primeira cadeira, para apreciá-lo intensamente.

Tanto ouvi suas músicas em casa que depois de ouvir suas palavras, sobre música e vida, desfiz essa primeira impressão e passei a apreciar a musicalidade do autor de Himalaia. Dia desses, adquiri para ela um DVD do Jorge Vercillo e me encantei com as “coincidências” e conexões que sua alma realiza.

Numa delas, ele conta que chegou numa cidade para a realização de uma apresentação. Estava sozinho e ao ultrapassar o saguão do hotel sentiu uma intensa necessidade de se deitar ali mesmo. Incontinente, pensou: não vou pagar esse mico, pelo menos se estivesse toda a banda... E seguiu até seu apartamento. Passou algumas músicas e para espairecer saiu para o alpendre e ficou surpreso, quando pôde observar que no teto do saguão fora projetada uma pirâmide, justamente sobre o local em que ele ficou desejando deitar-se, na chegada.

Uma sintonia perfeita dele, e certamente a engenhosidade e sensibilidade de quem construiu aquele hotel, deve beneficiar todos os que visitam aquele local.

“Certa noite, eu estava em casa compondo e escrevi uma letra de música chamada “Mandala”. Meses depois descobri que este quadro é uma mandala”, diz Jorge Vercillo, referindo-se a uma tela que tem na sala de sua casa. O parceiro dele, nessa música é o Torquato Mariano, argentino. Na época da composição dela costumavam jogar bola e durante o jogo e, mesmo quando se falavam ao telefone, chamavam-se Navarro, em atitude espontânea que brotou na alma de ambos, sem uma explicação lógica. Um dia ele folheava com Gabriela, sua esposa, um livro do Jung e, para espanto de ambos, encontraram ali a informação de que uma das primeiras tribos americanas a se utilizar da mandala para adivinhações foi a tribo Navarro.

Eu não sei se o livro consultado por eles é o que Jung escreveu em 1952, sobre sincronicidade. Mas a verdade é que todos esses fatos narrados e vividos pelo autor de Fênix tem a ver com a sincronicidade, que é um processo de sintonia do ser com o Universo, com as coisas, seres e fatos. E que o povo julga ser “coincidência”. Todas essas “coincidências” provam que o Universo é simetricamente perfeito e que Deus está em tudo e em todos.

Mas na verdade, o que muito encanta em Jorge Vercillo é a sua consciência em relação à música. Quando ele com sua fala sincronizada e profunda ensina que produz a música num processo que vem da alma, do hemisfério direito do cérebro, trazendo-a como que da intimidade do Universo de si mesmo para espraiá-la para o universo exterior aproximando-a de seus sentidos, do seu sentir. Se houver a sintonia da alma com o corpo, então a música está pronta.

Extraordinária essa consciência do cantor, que nos remete aos grandes mestres da humanidade que trazem nas suas mensagens universais a profundidade da alma para enredá-la em seu corpo tecendo em cada palavra sua emotividade para que todo e qualquer ser mortal, em sua pouca plenitude, possa entender o significado e a essência do que ele traz do Universo. Sob esse parâmetro, Vercillo é um mestre.

Diz ele: Elaborei essa música - referindo-se à “Monalisa” - pensando e sentindo Monalisa uma menina, sem saber por quê. Sentia no sorriso e olhar da foto, uma expressão mistério. Só depois do livro “Código da Vinci”, soube que Monalisa é uma figura andrógena, uma mistura do Deus Amon - masculino e Deusa Isis - feminina. E o antigo nome da Deusa era Lisa.

O cantor de “Asas Cortadas”, por sua essência e sintonia com o Universo é um andarilho das estrelas, porque vive como que pisando nas luzes que cintilam no firmamento. Com sua inteligência e amor traz para o coração humano a delicadeza e profundidade do que permeia a musicalidade universal guardada pelos deuses e só disponibilizada para os que têm sintonia fina e espiritual.

Aliás, essa música ele a fez para J. Maranhão, parceiro dele em muitas músicas. Ele diz que a letra de “Asas Cortadas” sintetiza a busca pessoal interna de alguém que tem a consciência de que o ser humano pode ir além dessa realidade tão pequena e limitada que a gente vive. Mas faz uma advertência: “às vezes, eu me sinto uma gaivota sobre o mar que mergulha no óleo, não podendo mais voar”.

No entanto, como sempre escreve em seus versos, ele não se rende aos contratempos. De pronto, vem à tona o ser divino que sabe ser e então se envolve na musicalidade que transcende e efetua novos e arrojados vôos, além da adversidade e das estripulias dessa sociedade ainda dominada pela insanidade da temporalidade, da materialidade.

Não economiza elogios sobre a música brasileira, dizendo que esta reúne a complexidade rítmica da música africana, o calor do Caribe, a harmonia do jazz e vai além do soul americano. Ele não se considera um poeta, e sim um letrista. O som e o significado de cada palavra é o mais importante em minhas músicas. As minhas letras são líricas, enfoco o amor social, pela natureza, pelos deuses, enfim, em tudo que realizo está o amor.

É muito gostoso não somente ouvir as cantigas de Jorge Vercillo, mas sentir em suas palavras uma versão poética sobre o mundo e as coisas e uma sintonia ampla e profunda com todas as vertentes musicais de antigos nomes da música universal como também de outros cantores sem expressão na mídia, que ele ouve e apóia em sua jornada pelo Universo da música.

Confesso, hoje sou fã desse cantor e criador de letras e versos que encantam e tocam as fímbrias das roupas dos anjos, trazendo ao nosso rosto a aragem de suas asas e depositando em nossa alma, o calor e a grandeza de Deus.

Foto: Renata Gabrielle ~ Margarida ~

~ Margarida ~

sábado, 9 de agosto de 2008

Voa qualquer légua pra estar com as pessoas que mais amo...


Florzinhas, peço licença a vocês para fazer uma homenagem a uma pessoa muito especial para mim.

Há 12 anos a morte se fez mais forte do que a vida e separou, fisicamente, o meu pai de mim. A morte venceu a vida, porém o amor é invencível e só aumentou com a distância.

Viagem de Novembro, de Carlinhos Veloz, é uma música que acho linda, porém triste. Desde que a ouvi pela primeira vez, me apaixonei por ela. Há alguns dias a Orquídea falou que essa canção também era especial para ela. Contudo o significado era diferente. Sempre interpretei a música como a história de um casal apaixonado que se vê separado pela distância. A doce Orquídea me fez enxergar a música de outra forma. A viagem da canção era, na verdade, a morte. A morte que separou pessoas que se amavam. Então me lembrei do meu pai.

Até hoje essa idéia de morte não entra na minha cabeça. Meu pai era marinheiro e para mim essa era apenas mais uma viagem e que logo ele voltaria e me envolveria nos seus braços. Aliás, no primeiro sonho que tive com ele, após a sua partida, as pessoas me diziam que ele tinha viajado. E aquilo parecia tão real. Só depois de muito tempo pude perceber que a viagem não tinha volta.

Vivi 12 anos ao lado daquele que se tornou o meu herói. Foram 12 intensos anos. Sempre fui muito ligada a ele. Todos os dias ele me ajudava a resolver as lições escolares. Às vezes, os problemas de matemática esgotavam a minha paciência e começava a chorar. Meu pai pacientemente me acalmava e eu voltava a fazer os exercícios. Tempos bons aqueles em que eu pensava que as equações matemáticas eram os maiores problemas que se poderia ter.

Todos os fins-de-semana íamos à casa dos meus avós. No caminho, a parada na sorveteria era sagrada. Mais sagrados ainda eram sabores dos sorvetes. Morango e doce de leite! Por maiores que fossem as opções, nunca troquei os sabores. Há mais de 12 anos que não tomo um sorvete de morango com doce de leite. Não por não querer, mas por não encontrar o bendito sorvete de doce de leite. Porém nunca esqueci daquele gostinho, o gosto da minha infância. Quando a saudade aperta é esse o sabor que sinto e que enche a minha boca d’água.

Sempre gostei de futebol e isso herdei do meu pai. Ele torcia pelo Vasco da Gama, pois morou por um tempo no Rio de Janeiro. Poucos anos antes de sua derradeira viagem descobri que ele torcia pelo Náutico. Já que eu torcia pelo Sport, resolvi provocá-lo com uma pergunta:

- Painho, para que time o senhor torce?

E escutei a coisa mais linda dentre todas as que o meu pai me disse:

- Meu time é você! – respondeu provocando lágrimas nos meus olhos e embargando a minha voz.

Sempre que estou triste e querendo desistir de tudo, lembro dessa frase, sacudo a poeira e dou a volta por cima. Uma coisa eu posso dizer: Pai, se eu sou o seu time, o senhor é o meu técnico.

Quando o dia dos pais se aproxima, meu coração fica apertadinho... Como eu gostaria de enfrentar uma daquelas longas filas para comprar o presente do meu pai. Mas, hoje, o único presente que posso dar para ele são as minhas orações e as flores que deposito no seu jazigo. Apesar das dificuldades que enfrentamos, os momentos felizes superam os dias nublados. Recorro a uma frase do nosso jardineiro para me referir a painho, pois creio que ela diz muito sobre ele.” Mesmo que chegue o momento que eu não esteja mais aqui e meus ossos virem adubo, você pode me encontrar no avesso de uma dor.” Ele era exatamente isso: o avesso de uma dor!

Esses anos todos me fizeram chegar a uma conclusão: os pais não morrem, viram anjos. Anjos da Guarda. Se há alguma vantagem em não termos os nossos pais perto da gente, é termos ao invés de um, dois anjos da guarda.

Parabéns a todos os pais! E àqueles que têm o privilégio de ter os seus, digam que o amam porque a gente não sabe quando nós ou eles viajarão para perto de Papai do Céu.

Ao Jardineiro, que também é pai de dois meninos lindos, um carinhoso e perfumado beijos meu e de todas as Flores Vercillianas.

Beijos perfumados e apertadinhos de saudade!
~ Margarida ~


Para quem não conhece a música Viagem de Novembro, posto a seguir:

Viagem De Novembro
Carlinhos Veloz

Foi uma vez
Numa triste tarde de novembro
Logo eu parti
E aos poucos te perdi de vista
E viajar foi como morrer
Só em saber que na manhã
Seguinte estaria assim tão distante
E não veria mais teu sorriso
A morte rondou minha cabeça
E conter tanta dor foi preciso
Amanheci
Era um dia triste ainda
Em novembro
Te busquei em vão
E aos poucos lembrei da viagem
Mas estar aqui é como nem estar
Pois estas sempre comigo
Aqui no meu coração
O pensamento guiando
A saudade voa qualquer légua
Pra estar com as pessoas
Que mais amo
Estar aqui é como...

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Saudade tem limite...

Queridas Flores!!

Que o amor do nosso jardineiro e as doces lembranças dos nossos encontros, alimente nossa alma enquanto ele não vem.

Que sejamos sempre e cada vez mais, mais amor e sempre amor...

Chego à conclusão que não podemos ficar muito tempo afastadas porque toda essa energia doce, toda essa alegria pura, as quais estamos acostumadas, faz falta.

E como ele mesmo disse "saudade tem limite eu bem sei"..rs

Beijos no coração de todas as flores lindas, do jardim mais lindo!

*Orquídea*

domingo, 3 de agosto de 2008




"Homens e pássaros morrem,

mas as canções são para sempre."



~ Margarida ~

sábado, 2 de agosto de 2008

SHOW CANCELADO!!!

Flores, o show de Rejane Luna foi cancelado.

Depois marcamos um encontro florido e musical.

Beijos perfumados!


~ Margarida ~